quinta-feira, julho 26, 2007

Dizem que a vida do ser humano muda a cada sete ou oito anos, como um ciclo. A última vez que eu questionei minhas escolhas eu tinha 19 pra 20 anos e na época estava com síndrome do pânico, uma doença que me fez renascer e me ensinou muito.

E agora estou batendo na porta dos 27 anos, os questionamentos voltaram. Estou reavaliando todas as escolhas: a vida afetiva, o trabalho, as amizades, a vida familiar, o passado e principalmente os meus valores. Estou cheia de dúvidas, mas muito calma, empenhada em dar novas respostas a dilemas antigos. Assim, do meu jeito, um passo de cada vez, começando pelo que é mais simples até chegar ao todo.

Sobrenatural

Livros, testamentos
Folhas de jornal
A vida é curta, mas não é pouca
Máquina do tempo,
Bola de cristal
Sobrenatural é eu saber que não serei pra sempre assim
Me destaco de um álbum de fotografia antigo
pra lembrar de mim
Dizem fiquei fora
por tempo demais
e aquele agora ou nunca ficou pra trás
O que não disseramé que voltei diferente
e que o meu agora
é daqui pra frente

Nada me amarra
Passado é propulsão
Todos meus caminhos
Começam com um pé no chão
Hoje quando o sol saiu eu resolvi voltar

sábado, julho 14, 2007

Café...

Alguns produtos deviam vir com a seguinte advertência: “este produto não deve ser consumido por pessoas pilhadas”. Encontrei a Bel depois do trabalho hoje, atualizamos todas as fofocas e comemos pizza, depois passamos em uma cafeteria, eu resolvi tomar um café – e lembrei não gosto de café puro!- pedi um que tinha leite e caramelo, que o moço do balcão falou que é “super leve”. Agora estou aqui, às 2h da manhã, pensando na vida por falta de sono. E coisa que me incomoda é perder o sono, porque não há muito o que fazer a noite e a gente começa a pensar livremente, pensar na vida alheia, nas notícias do dia, na vida dos artistas, até começar a pensar na própria vida e aí começa a incomodar – porque se há algo que não consigo fazer durante o dia é parar para refletir – chego a conclusões, faço previsões...humm, pensar desgasta. O sono não vem. Corro para a internet, caçar o que fazer, uma distração que me distraia dos meus pensamentos. Não consigo! Tudo isso por causa de um copo de café!

Pensamento #2

Pensamento vem de fora
E pensa que vem de dentro
Pensamento que expectora
O que no meu peito penso
Pensamento a mil por hora
Tormento a todo momento
Por que é o que eu penso agora
Sem o meu consentimento?
Se tudo que comemora
Tem o seu impedimento
Se tudo aquilo que chora
Cresce com seu fermento
Pensamento, dê o fora
Saia do meu pensamento
Pensamento, vá embora
Desapareça no vento
E não jogarei sementes
Em cima do seu cimento

Sérgio Britto & Arnaldo Antunes

domingo, julho 08, 2007

Presente

Nos últimos tempos a companhia de TV a cabo tem tirado alguns canais do meu pacote (antigo com mais de cinco anos). É uma forma de ela me forçar a assinar o plano novo digital com cento e poucos canais e três vezes mais caro. Mas esta semana tomei um susto! Cheguei em casa a noite e haviam sumido vários canais! Minha vontade foi ligar logo para lá e dizer: “OK, eu me rendo! Quero assinar o pacote digital com trocentos canais, só para não perder minhas séries favoritas! ”. Mas não consegui falar - o call center da TV a cabo é ruim pra burro! Aí fui jantar, depois comecei a ler a “Rolling Stone” que achei no lixo da agência, lembrei que tinha que escrever o texto de um teatrinho para as crianças do trabalho que eu faço voluntário e fui fazendo uma porção de coisas e no fim da noite quando deitei a cama eu estava me sentindo tãaaaaao bem! Alguns contra-tempos são como presentes. A TV a Cabo que se dane!