Eu estava na rua procurando uma vaga para estacionar o carro, pois precisava comprar o último presente de natal. Eu vinha esgotada emocionalmente e fisicamente do excesso de trabalho das últimas semanas, da correria de final de ano, com aqueles compromissos de última hora, relatórios finais, fechamentos e mais fechamentos, sem contar o peso das desilusões vividas este ano, as mentiras e hipocrisias engolidas com lágrimas, as contas para pagar, as horas diárias no trânsito. Sim, eu estava sem uma gota energia, mas achei a vaga, estacionei, ia descer correndo, mas quando reparei estava em frente a um centro cultural. Não resisti, entrei e o que eu encontro lá? Uma fantástica biblioteca!!! Talvez maior que o meu fascínio por livros, só mesmo o meu fascínio por bibliotecas. A primeira reportagem que escrevi foi sobre uma biblioteca centenária que fica no Mosteiro de São Bento. Ainda na época da faculdade, eu costumava me esconder na biblioteca quando precisava descobrir a solução de algum problema ou para acalmar os ânimos.
Eu entrei na biblioteca e minha vida passou lá dentro, eu pensei em tudo que vivi este ano, as conquistas, os novos amigos e acabei me dando conta da mágica das bibliotecas. Elas conseguem resgatar em mim aquilo que há de mais profundo, que é o fascínio pelo conhecimento, pela descoberta do novo e pelo trabalho de trazer à luz toda a sabedoria que pode explicar a vida.
Quando a gente resgata aquilo em que acredita, também resgata o ânimo, a fé em si mesmo e é este espírito que eu quero que permaneça em 2008 na minha vida. Não importa onde eu esteja nem para onde eu vá, muito menos quantos ventos soprem para fazer minha direção mudar: eu sei quem eu sou e eu acredito nos meus valores!
Feliz 2008!!!
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